segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

E se... nunca dormíssemos?


O feito está registrado no Livro Guinness dos Recordes. Onze dias é o tempo máximo que um ser humano conseguiu ficar acordado, mesmo assim sofrendo alucinações e disfunções na fala. Mas o que aconteceria se o homem não precisasse dormir e ficasse acordado 24 horas?

Sem descansar, a humanidade teria evoluído de uma forma completamente diferente. Mesmo que a ausência do sono não provocasse conseqüências negativas para o nosso organismo (veja alguns desses efeitos ao lado), o planeta não agüentaria o desequilíbrio provocado por uma atividade global ininterrupta e entraria em colapso, pois os recursos naturais não seriam suficientes para atender a demanda, que seria um terço maior que a normal – ficamos 16 horas acordados e dormimos oito horas, em média.

Com o sono em dia, prevê-se que o estoque de petróleo do planeta dure mais uns 250 anos. Se ninguém dormisse desde 1800, o petróleo já teria acabado em 1966, segundo um cálculo feito por Paula Takatsuka, mestre em álgebra da Unicamp. O fim do petróleo afetaria o transporte, a indústria e todo o comércio mundial. Teríamos problemas como a queda na produção de alimentos (a agricultura depende dos fertilizantes e outros derivados do petróleo) e a escassez de outros 500 mil produtos à base de petróleo (plástico, asfalto, tintas e detergentes). O desastre ambiental resultante dessa exploração desenfreada de recursos também seria monstruoso.

Essa encrenca toda colocaria o sistema econômico em xeque. “Se o mundo passasse a funcionar 24 horas ininterruptamente, haveria um descompasso gigantesco entre oferta e procura. Teríamos a hiperinflação, que resultaria no colapso do capitalismo”, afirma o economista Miguel Daoud, diretor da Global Financial Adviser. Ou seja, o homem insone receberia o golpe fatal direto em seu órgão mais sensível: o bolso.

Fonte: http://super.abril.com.br/saude/se-nunca-dormissemos-444510.shtml

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