Wilton Evangelista da Silva Júnior
Wilton Evangelista da Silva Júnior, 19 anos, acusado de matar Maria Joseane, de 13 anos, foi preso ontem (20), na cidade de Vera Cruz, a 37 km de Natal. Ele estava foragido desde o dia da morte da adolescente, no domingo (13), na Cidade da Esperança, e foi preso pelos policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).
Conhecido como Bel, segundo informações da polícia, Wilton Evangelista confessou o crime na delegacia. Ele foi localizado pelos policiais após uma denúncia anônima. A arma utilizada para o crime não foi encontrada.
Bel já havia sido preso por tráfico de drogas durante seis meses. Segundo informações que populares deram a polícia após a morte de Maria Joseane, ele andava sempre armado e era comum utilizar a arma para dar disparos nas mediações da favela da Guanabara. Maria Joseane Dantas Silva foi assassinada no início da manhã do domingo (13) dentro da casa onde morava com a tia, na rua dos Campos, na comunidade conhecida como Guanabara, na Cidade da Esperança.
O crime aconteceu por volta das 5h do domingo, na rua dos Campos, Cidade da Esperança, Zona Oeste. Joseane foi atingida por dois tiros, enquanto dormia. O acusado, conhecido apenas como “Bel” é, segundo vizinhos, envolvido com o tráfico de drogas no bairro. Eles haviam iniciado o namoro há menos de um mês. “Ele sempre ameaçava matá-la se ela o deixasse”, conta a tia de Joseane, Maria Aparecida da Silva.
O casal havia ido a uma festa próximo à comunidade e Bel tinha passado o dia todo bebendo. Eles teriam discutido porque ele não queria que ela fosse à casa de amigos. Bel esperou todos dormirem para matar a namorada. Maria Aparecida conta ainda que as discussões eram comuns e as agressões também. Ciúmes era o principal motivo, pois Bel não queria que a namorada mantivesse contato com as amigas. “Ela dizia que não ia perder as amizades por conta de homem. Era quando havia bate-boca e, às vezes, ele batia nela”, disse Maria Aparecida. De acordo com a tia da vítima ninguém escutou nada. Apenas uma menina de nove anos percebeu a movimentação, porém fingiu estar dormindo, com medo de alguma reação contra ela. Ela disse que só percebeu o que tinha acontecido quando o acusado já havia ido embora.
Por enquanto não se sabe ainda ao certo qual o motivo do crime. Joseane morava desde criança com a tia na comunidade da Guanabara, na Cidade da Esperança. A mãe dela, Maria do Socorro Dantas da Silva, que mora na cidade de Cajazeiras, interior do Estado, disse que viria a Natal esta semana para levar a filha para morar no interior. Ela acredita que este seria um dos motivos das discussões, pois Bel não aceitava que Joseane fosse embora.
No sepultamento da filha o clima era de tristeza e revolta diante da situação. Vizinhos, amigos e familiares compareceram ao cemitério para dar adeus a Joseane e pedir que o caso não caia no esquecimento. “O que espero agora é justiça. Se não for a dos homens ou a de Deus, será a minha”, desabafou Maria do Socorro, enquanto velava a filha.
O caso vai ser investigado pela 8ª Delegacia de Polícia da Cidade da Esperança. No local do crime, a polícia foi informada que Bel já tinha passagem pela polícia. Há menos de dois meses ele foi solto, após ser preso pelo homicídio de um homem no Loteamento José Sarney, zona norte da capital. Segundo moradores, Bel era conhecido na favela por sempre andar armado com dois revólveres. Ele também era traficante e usuário de drogas. Vizinhos contam que ele até chegava a dar tiros para cima quando estava muito drogado. O delegado responsável pela investigação, Elivaldo Jácome disse que foi instaurado o inquérito e que busca informações sobre o acusado.
Fonte: tribunadonorte.com.br
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