Mossoro - Policiais militares de Areia Branca apreenderam no último sábado uma adolescente de apenas 15 anos, depois de ela ter assaltado um taxista. Segundo a garota, o dinheiro do assalto seria utilizado para custear honorários advocatícios para conseguir libertar seu namorado, outro menor de 16 anos, que atualmente se encontra internado no Centro Especializado em Adolescentes Acusados de Atos Infracionais (CIAD) de Mossoró. O rapaz foi apreendido sob acusação de sequestrar uma jovem de 20 anos que estava na companhia de sua filha, de apenas um ano e meio, e ainda de tentar abusar sexualmente da mãe da criança. Segundo o soldado Salviano, integrante do destacamento da PM em Areia Branca, a garota pegou um táxi que faz linha no trecho entre Mossoró e Areia Branca e ao chegar próximo ao conjunto IPE, por volta das 7h30, anunciou o assalto. Armada com um revólver calibre 38, a adolescente conseguiu levar aproximadamente R$ 323,00 do taxista. Um mototaxista que percebeu o assalto alertou a polícia e passou a seguir a garota até ela ser abordada no centro da cidade de Areia Branca. Os militares informaram que, a princípio, a garota negou o crime, mas após ter sido reconhecida pelo taxista a adolescente confessou o assalto, devolveu o dinheiro e entregou a arma aos militares. De acordo com o soldado Salviano, a arma e o dinheiro estavam escondidos em um matagal, embaixo de uma lata de doces. O revólver, calibre 38, estava municiado com seis projéteis.
A garota foi conduzida até a Delegacia de Plantão em Mossoró, e em seu depoimento, a menina declarou que pretendia conseguir dinheiro para custear um advogado a fim de libertar seu namorado. Ela foi apreendida e encaminhada para o Ciad.
O namorado da menor flagrada em Areia Branca foi apreendido na companhia de outro adolescente de 17 anos na semana passada. A dupla é acusada de sequestro, tentativa de estupro e de conduzir uma motocicleta adulterada e sem habilitação. Um terceiro menor que teria participado dos crimes continua foragido.
De acordo com o delegado José Milton Rodrigues, titular da Delegacia Especializada no Adolescente (DEA), o crime ocorreu no dia 15 deste mês, por volta das 21h, quando a vítima estava acompanhada de sua filha, em um Celta preto, trafegando pelo bairro Santo Antônio. A vítima foi abordada por dois menores que estavam em uma Biz vermelha e foi obrigada a parar o carro. Mãe e filha foram trancadas no porta-malas do Celta e depois levadas para as imediações de uma favela no bairro Santa Helena. Um terceiro suspeito entrou no carro e seguiu com os comparsas por aproximadamente 30 minutos até um matagal próximo à favela.
A mulher foi agredida a coronhadas e em seguida um dos menores ameaçou matar a criança para pressionar a vítima a manter relações sexuais. A vítima informou à polícia que o ato sexual não foi consumado, mas um dos agressores tentou manter conjunção carnal por diversas vezes. Para consumar os atos libidinosos, diferentes do estupro, os infratores chegaram a apontar uma arma para a criança na intenção de forçar a mãe a ceder. A vítima foi abandonada pelo agressor e foi socorrida por moradores da favela.
Os dois menores foram apreendidos na manhã do dia seguinte ao crime, quando foram parados por uma guarnição da PM, ao serem parados porque estavam conduzindo uma moto sem habilitação. A dupla estava em outra motocicleta, dessa vez uma Titan verde, sem placa, enquanto trafegava pela Avenida Rio Branco, bairro Santo Antônio, em Mossoró. Policiais militares encaminharam os menores até a Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) e depois descobriram que um dos jovens estava com o telefone celular que pertencia à vítima do sequestro. Após interrogatório, o outro adolescente levou os policiais até uma casa no bairro Santo Antônio, local que recentemente havia sido alvo de uma operação coordenada por agentes da Delegacia de Narcóticos (DENARC). Na casa foi encontrado o restante dos objetos roubados da vítima sequestrada, como uma bolsa de criança.
A vítima reconheceu um dos adolescentes apreendidos como o autor dos abusos. Os dois adolescentes apresentaram versões diferentes para o que teria acontecido na noite de terça-feira passada. Um deles disse que comprou o telefone celular que pertencia à vítima, mas não informou o nome do vendedor. Já o outro menor negou as acusações. Os dois já haviam sido apreendidos anteriormente por tráfico de entorpecentes.
Fonte: gazetadooeste.com.br
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