quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PRF registra 125 mortes e mais de 3 mil acidentes no RN neste ano


De acordo com balanço da Polícia Rodoviária Federal, imprudência e desrespeito às leis de trânsito são os grandes vilões nas estradas do RN


A imprudência e do desrespeito às leis de trânsito são os principais fatores que contribuem para acidentes e mortes nas rodovias do país. No Rio Grande do Norte, as estatísticas reforçam a necessidade em conscientizar. Balanço apresentado pela Polícia Rodoviária Federal nesta quarta-feira (2) indica que só em 2009 foram quase três mil acidentes e 125 pessoas mortas. Precisamente, do dia 1º de janeiro até a última segunda-feira (30/11), foram contabilizados 2.973 acidentes nos mais de 1.400 quilômetros de estradas federais do RN. Em relação a 2008, houve um crescimento de 404 acidentes. Já a quantidade de mortes subiu de 116 para 125 quando comparados iguais períodos do ano passado e 2009.“Apesar disso, é importante destacar que a maioria dos acidentes são sem vítimas. O número é 1.902, o que representa 64%. Isso quer dizer que grande parte desses acidentes são colisões apenas com prejuízos materiais. No entanto, isso também é fruto da imprudência e do desrespeito as leis”, disse o chefe de comunicação da PRF/RN, inspetor Roberto Cabral.


Ele explicou que essas colisões são decorrentes da falta de atenção, do excesso de velocidade e porque alguns condutores não guardam distância entre um veículo e outro. Além dos acidentes e da quantidade de mortos, a PRF também registra aumento na quantidade de feridos. Em 2008, foram 1.362 acidentes com feridos, já em 2009 esse número chega à 1.527.


Em relação às mortes, Roberto Cabral (foto) destacou que elas estão concentradas nos trechos rurais das rodovias e diretamente ligadas a velocidade com que se conduz. “A gravidade de um acidente é relativamente proporcional ao excesso de velocidade. Com isso, nesses trechos rurais em que a sinalização ainda é precária, os condutores acabam correndo mais”, revela.


O inspetor da PRF citou ainda que motoristas de carros mais potentes são os protagonistas nos casos de acidentes com mortes. “É muito comum que vermos ultrapassagens em locais proibidos por parte dos veículos maiores. E isso sem dúvida é o que causa mais acidentes fatais”.Ainda de acordo com Roberto Cabral, as rodovias do Rio Grande do Norte são em linhas gerais de razoáveis a boas. Com isso, a falta de atenção e imprudência são mesmo os grandes vilões do trânsito. “Uma das coisas que nós mais enfocamos é o uso do cinto de segurança. Quando se tem um capotamento com morte, é certeza que a vítima vinha sem o cinto”, avalia.


Lei SecaApesar de registrar um aumento em relação ao ano passado, a Polícia Rodoviária Federal ressalta que a Lei Seca reduziu a quantidade de acidentes nas estradas. Sancionada em junho de 2008, a lei que limita a zero a tolerância ao álcool no volante diminuiu em 13,2% os acidentes e 10,1% as mortes.

Para se ter uma ideia, de junho de 2007 a junho de 2008, exatamente um ano antes da Lei Seca, foram contabilizados 3.237 acidentes com 138 mortes. Já entre junho de 2008 e junho de 2009, um ano depois da lei, a PRF registrou 2.809 acidentes com 124 mortes.Inspetor Cabral explicou que isso é fruto da maior temeridade por parte dos motoristas, que preocupados em serem abordados dirigindo alcoolizados, estão cada vez mais procurando passar o veículo para um condutor que não esteja sob efeito de bebida alcoólica.

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