A Primeira e a Segunda Delegacia de Polícia Civil têm a incumbência de investigar dois novos assassinatos que foram registrados durante o fim da semana que passou. A primeira vítima é o empresário Augusto Vicente Lopes Neto, que tinha 41 anos e era proprietário de uma academia de musculação. Por enquanto, ainda não existe suspeita do que teria motivado o crime. A segunda morte ocorreu no domingo, 20, e vitimou o ex-presidiário Luiz Evandro de Morais, que tinha 32 anos. Neste há suspeita.O primeiro assassinato ocorreu por volta das 20h10 do sábado, 19. Augusto Lopes estava bebendo com três amigos no Bar da Tripa, localizado na Avenida Presidente Dutra, bairro Alto de São Manoel (zona leste), quando foi surpreendido. O criminoso se aproximou, usando um capacete, e efetuou aproximadamente 10 disparos, todos à queima-roupa. O empresário não teve chance de se defender da investida e veio a óbito ainda no local. O atirador estava usando luvas, que faz a Polícia crer que ele já tinha experiência. Na fuga, o bandido ainda fez dois reféns.De acordo com a Polícia Civil, o criminoso atravessou a rua e rendeu um casal que passava pelo local em um veículo tipo VW Gol de cor branca e placa KFU-3945, Olinda (PE). O veículo pertence à empresa Sena, que atua na segurança privada. Os dois reféns, marido e mulher, foram obrigados a seguir o trajeto. Nas imediações da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) - antiga Cobal -, ele ordenou que o motorista parasse. De longe, a vítima ainda percebeu que o assassino subiu na garupa de uma motocicleta e disparou em alta velocidade.As vítimas foram à Delegacia de Plantão da Polícia Civil ainda na noite de sábado passado e prestaram queixa. O depoimento dos dois foi anexado ao processo instaurado para investigar a morte do empresário. Os primeiros levantamentos apontam que a arma utilizada era uma pistola de calibre 9mm, que desperta ainda mais a curiosidade dos investigadores. Pelo modo operacional, a Polícia diz não ter dúvida que foi uma execução, provavelmente motivada por vingança. Mas o que teria acendido essa rixa ainda é um mistério a ser desvendado.O segundo assassinato do fim de semana ocorreu em um bar conhecido como "Ciene", localizado no bairro Belo Horizonte (zona sul). O flanelinha Luiz Evandro de Morais tinha 32 anos e morava na Rua João Paulo II, 11, Belo Horizonte. De acordo com a mãe da vítima, Francisca Matias Souza Silva, o filho passou cerca de seis meses preso, acusado de receptação e chegou a ser condenado. Ele estava em liberdade havia quatro meses. O caso está sendo investigado pela Segunda DP e já existe uma possível suspeita, mas o nome ainda não foi revelado e nem o que teria motivado.
Itep registra dez mortes entre sexta-feira e sábadoO fim de semana em Mossoró e região voltou a ser marcado pela violência. Somente entre a sexta-feira, 18, e o fim da tarde de ontem, o Instituto Técnico e Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró registrou a entrada de 11 corpos, mas uma das mortes ocorreu por causa natural.Além da morte de Augusto Lopes, dono de uma academia de musculação, e do flanelinha Luiz Evandro, o Itep registrou a entrada de Bruna Patrícia da Silva, 23, dona-de-casa, vítima de suicídio; Josiel Ferreira da Silva, 58, pedreiro, acidente de trabalho; Manuel Cunha Filho, 53, agricultor, acidente de trânsito; Adalberto de Moura Pinheiro, 41, operador, acidente de trânsito; Francisco Santos de Paiva, 51, encarregado de manutenção, acidente de trânsito; Alex William do Nascimento Silva, seis anos, causa não identificada; José Ari da Silva Pereira, 29, agricultor, acidente de trabalho; e Francisco Farias da Silva Júnior, 28, agricultor, acidente de trânsito.O décimo primeiro corpo necropsiado pelo Itep de Mossoró foi do agricultor Francisco Pinheiro de Sousa, que tinha 48 anos e morava na zona rural de Apodi. O Itep, que só é requisitado em casos de mortes violentas ou mortes naturais sob suspeita, removeu o corpo da vítima para a sua sede, mas depois constatou que ele sofreu um infarto.
Morte de empresário surpreendeu a todosA morte do empresário Augusto Vicente Lopes Neto, que tinha 41 anos e morava na Rua Eliba Gurgel, 37, bairro Abolição III (zona oeste), foi uma surpresa para familiares e também para os amigos mais próximos.Augusto era dono da Academia Novo Pique, que funcionava na parte da frente de sua residência. Na tarde desta segunda-feira, a equipe do DE FATO foi à academia do empresário, mas encontrou as portas fechadas e um aviso informando sobre sua morte.Para os vizinhos que conviviam com Augusto Lopes havia cerca de cinco anos, quando ele mudou a academia para o atual endereço, o crime foi uma grande surpresa. "Olhe, eu convivia todos os dias com Augusto. A gente conversava muito e eu não tenho nada para falar sobre ele. A gente não entende como uma coisa dessa acontece", desabafa um dos vizinhos.Já, uma senhora, que também mora próximo à academia do empresário, disse que ainda não havia superado o trauma de perder um amigo tão querido. "Augusto era um cara querido por todos. Ninguém aqui nunca soube de nada a respeito dele", disse.Um terceiro morador do bairro, que também foi consultado pela reportagem, citou a violência do crime como uma das maiores surpresas. "Foi um crime muito violento. O cara chegou e deu um monte de tiro. Isso foi o que mais me impressionou. Não sei aonde é que esse mundo vai parar."O corpo de Augusto foi velado em uma igreja evangélica no bairro Alto de São Manoel, região que ele foi criado pelos pais, mais precisamente em frente à churrascaria O Laçador. O corpo foi enterrado somente na manhã de ontem porque a família resolveu esperar alguns parentes que moram fora.
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