A Polícia Militar procura desde a madrugada de domingo, 30, três dos quatro apenados que fugiram da Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Souza - mais uma vez furando um buraco na laje do teto, e pulando a cerca de arame. Um deles, Erwagner Nunes da Silva, acusado de envolvimento com assalto e formação de quadrilha, foi alvejado com um tiro e morreu na parte externa do presídio. Os demais: Carlos Cezar de Oliveira, indiciado por homicídio; Izaque Fernandes Soares, homicídio; e José Williame da Silva, tráfico de drogas, conseguiram escapar. A evasão de presos, a segunda em menos de cinco meses, vai ser investigada pelo bacharel Rubério Vieira Pinto, titular da Segunda Delegacia de Polícia Civil (2ª DPC) de Mossoró. "Nós assim que chegamos à delegacia na manhã de hoje, segunda-feira, fomos informados da ocorrência e caímos em campo. Estamos aqui no presídio para saber o nome dos policiais que estavam de guarda. Vamos começar por conversar com eles", disse a autoridade policial. De acordo com Alexandre Santos Nóbrega, diretor da cadeia pública, os quatro apenados estavam atualmente ocupando a cela solitária, local para onde são levados os detentos que de alguma forma deixam de respeitar as normas do presídio. Com dois deles, haviam sido encontrados telefones celulares e os demais se encontravam de castigo porque vinham desacatando os companheiros. "Os colegas de cela já não aguentavam mais eles e ameaçavam colocá-los da cela pra fora", disse. Por sua vez, o administrador disse ainda não ter como explicar como foi que uma lâmina de serra chegou até as mãos dos detentos. Eles estavam lá há cerca de duas semanas. Com o auxílio do instrumento cortante, eles serraram a lingueta da fechadura da cela, mas não completamente. Deixaram num ponto em que quem chegasse manobrava o ferrolho sem perceber que estava cortado. "Os agentes estiveram lá na cela no início da noite para fazer a vistoria de praxe e disseram não ter visto nada de anormal", disse.Já por volta da meia-noite, os apenados iniciaram o plano de fuga. Conseguiram arrancar uma barra de ferro da estrutura de cimento na parede e com uso da mesma, abriram um buraco na laje do teto, pelo qual saíram e caminharam até uma diferença de nível na estrutura do prédio, existente desde quando foi construído e por onde outras fugas em massa deram certo. Após pularem a cerca de arame, um dos policiais da guarita percebeu o movimento suspeito e efetuou alguns disparos de arma de fogo. Um dos tiros atingiu Erwagner Nunes, que morreu na hora, mas o corpo só foi localizado quando o dia amanheceu. "Sabemos que ele foi morto com um tiro de arma de fogo, porque os peritos do Itep constataram isso. Estive aqui no domingo, mas não consegui falar com os policiais que estavam de plantão. Eles já tinham sido revezados em seus postos de serviço e só voltam a trabalhar amanhã. Comuniquei o ocorrido às autoridades competentes e solicitei adoção de medidas para investigar o caso", disse Alexandre Nóbrega. No dia 16 de abril deste ano, a Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Souza, que fica localizada na comunidade de Riacho Grande e distante 10 quilômetros da zona urbana de Mossoró, sofreu uma alteração no número de apenados, que teve uma diminuição de 11 presos. Eles, ocupantes das celas 2 e 3 da Ala B, serraram as grades e depois, de uma delas, conseguiram chegar ao teto e depois cavaram um buraco na laje. Do total que se evadiu, a polícia já conseguiu recapturar pelo menos sete deles. Ainda encontram-se desaparecidos as pessoas de Sanmário Yuri da Costa Lima, Diego Armando da Silva, Francisco Ferreira de Lima e Francisco Nazareno da Silva.
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