sábado, 2 de janeiro de 2010

Falsos policiais executam agricultor com quatro tiros na cabeça na presença da esposa da vítima

O agricultor identificado como Witamar de Sousa Cunha, de 24 anos, foi executado com quatro tiros na cabeça na noite da quarta-feira passada, 30, enquanto estava em sua residência localizada no Assentamento Maisa, na zona Rural em Mossoró. A vítima foi assassinada na presença da esposa, a também agricultora Irleide de Morais Bezerra, 28, que viu o esposo morrer em seus braços. Segundo a agricultora, ela e o marido estavam sentados no terraço da residência, na quadra 02, UR-02, casa 10, como costumavam fazer todas as noites, quando por volta das 22h, surgiram dois homens em uma moto, de modelo e placa ainda não identificados.
A dupla arrombou a fechadura do portão e invadiu a residência com armas em punho. Irleide de Morais declarou a polícia que os assassinos chegaram se identificando como policiais, e quando a vítima ergueu os braços em sinal de rendição, os pistoleiros começaram a efetuar vários disparos.
Peritos do Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP) que estiveram na cena do crime encontraram pelo menos quatro marcas de balas e pistola 9mm na parede do terraço e outros quatro que ficaram alojadas na cabeça da vítima. “Eles estavam bem vestidos e assim que entraram já foram logo atirando. Ele morreu em meus braços”, declarou a agricultora testemunha do crime.
O crime está sendo investigado por agentes da 2ª Delegacia de Polícia, que tem como delegado titular o bacharel Rubério Pinto.Irleide de Morais informou à reportagem que não sabe os motivos do crime e que a vítima não havia se queixado de nenhuma ameaça. Ela declarou que o marido já havia sido preso por duas vezes. A primeira foi por causa do furto de um litro de bebida em uma mercearia no próprio Assentamento Maisa, e a mais recente ocorreu no mês de novembro de 2009, quando Witamar de Sousa chegou a passar 16 dias preso na Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR).

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