quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Viúva de Valdetário Carneiro vai a júri hoje


Pau dos Ferros - A viúva do assaltante Valdetário Carneiro Benevides (morto em 2003 durante confronto com a polícia), Aguinalda Fernandes Benevides, que é natural de Caraúbas, tem 46 anos e é mais conhecida como "Neta" ou "Véa", senta hoje no banco dos réus pelo assassinato do agropecuarista Elinaldo Simião Pereira, ocorrida em 2006. Além dela, também serão julgados hoje os dois homens que são acusados de terem cometido a execução. Neta seria a mandante do homicídio.
Neta está presa desde fevereiro de 2007, quando foi localizada por policiais da Subsecretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, em João Pessoa (PB). Desde então, ela está recolhida em uma unidade prisional de Caicó. Os outros dois acusados que também vão a julgamento, Rogério Lima Costa, 29, natural de Caraúbas e Márcio José Francilino, 31, de Umarizal, mais conhecido como "Márcio de Godô" ou "Galego", também estão presos. Márcio está na Cadeia Pública de Caraúbas e Rogério na Cadeia Pública de Mossoró.
A investigação que elucidou o assassinato do agropecuarista foi realizada pela equipe do delegado Inácio Rodrigues de Lima, que ainda hoje responde pela Delegacia Regional de Pau dos Ferros, onde o crime foi registrado. Além de Márcio e Rogério, apontados como os dois pistoleiros que cometeram o crime, e Neta, acusada de ser a mandante do assassinato, outras pessoas foram indiciadas na investigação, mas não foram a julgamento. Uma delas é Osvando Neves da Silva, natural de Mossoró, 35 anos, o "Caçador". Ele iria ao Tribunal de Júri Popular se não tivesse sido assassinado por um preso dentro de Alcaçuz.
De acordo com o inquérito presidido pelo delegado Inácio Rodrigues de Lima, Caçador foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por participação indireta na morte de Elinaldo Simião. Segundo apurou o delegado na época do crime, Caçador, que já cumpria pena por um outro crime, passou as informações sobre o horário de saída de Elinaldo, que também era preso de Justiça. Ele teria informado aos pistoleiros o horário exato que eles poderiam matar Elinaldo. Além disso, a investigação apontou também que ele foi quem intermediou a contratação de Márcio Godô.
Um outro suspeito que foi indiciado pelo delegado Inácio Rodrigues, mas que não foi à Júri Popular por falta de provas concretas foi Francisco Eniran Lopes, natural de Alexandria, 38. Ele teria indicado a contratação do outro pistoleiro, neste caso, Rogério. Segundo Inácio, a Justiça chegou a decretar a prisão preventiva de Eniran pela participação na morte de Elinaldo Simão. Ele já respondia a um outro processo e hoje é considerado foragido. "Teve muito mais gente, mas nós não conseguimos provas contra todos", comenta o delegado Inácio Rodrigues.
Concluir o inquérito policial instaurado para investigar a morte de Elinaldo Simião, que teve uma grande repercussão em todo Rio Grande do Norte na época do crime, foi uma tarefa árdua, segundo o delegado Inácio Rodrigues. Hoje, lembra o delegado, será o desfecho de toda a "novela". "Eu acredito que todos três serão condenados pelo crime. Os dois pistoleiros confessaram na frente de um promotor de Justiça e as provas são fortes", comenta Inácio, destacando que a principal prova do inquérito é a arma usada no crime e que estava em poder de Rogério.

Fonte:http://www.defato.com/popular.php

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