quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Assaltante seria resgatado em Brasília

Foto ilustrativa

O assaltante goiano José Maria de Araújo, que tem 46 anos, responde a mais de 80 processos e é apontado como o líder de uma das maiores quadrilhas de assaltantes do Brasil, chegou ao presídio federal de segurança máxima de Mossoró por volta das 16h de sábado passado. A transferência dele foi realizada em caráter emergencial porque, além de ter ameaçado o diretor do Complexo Penitenciário de Brasília (DF), onde estava preso, foi descoberto ainda que a quadrilha de José Maria iria executar um plano de resgate para retirar seu líder da prisão.
Normalmente, a transferência dos presos para as unidades do Sistema Penitenciário Federal (SPF) depende de uma autorização da Justiça Federal. Mas neste caso, todos os entraves burocráticos foram suspensos, segundo informou a Área de Inteligência do Presídio Federal de Mossoró. "O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) atendeu prontamente o pedido de transferência do preso para Mossoró devido à urgência daquela situação", frisou um agente (nome preservado) que faz parte da Inteligência do Presídio Federal de Mossoró.
Segundo explicou o diretor-substituto do Presídio Federal de Mossoró, Rogério Baicers, que também é responsável pela segurança daquela unidade, todas as transferências de presos são feitas após um minucioso levantamento da Área de Inteligência. A intenção, segundo Baicers, é minimizar qualquer possibilidade de incidentes no trajeto até o presídio federal. Todas as possibilidades são analisadas, como por exemplo, a condição das estradas, o melhor percurso, e outros elementos que podem fazer a diferença no que diz relação à segurança daquela operação.
O trabalho de investigação que resultou na descoberta do plano de resgate, que seria realizado pelos membros da quadrilha liderada por José Maria, foi feito pelos agentes penitenciários estaduais do Complexo Penitenciário de Brasília. A partir de então, as áreas de Inteligência de Brasília e do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) passaram a agir em conjunto. Além de evitar o assassinato do diretor da Penitenciária da Papuda, como também é conhecida a prisão que José Maria estava, também foi evitado que o líder de uma quadrilha voltasse para as ruas.

Bando deJosé Maria usa armas de guerra
Quando foi preso em maio de 2006 após assaltar um banco em Riachinho (MG), José Maria, que é conhecido também como "Zé Maria", "Zezé", "Patrão" ou "Garimpeiro", foi flagrado com um verdadeiro arsenal. Ele e seu bando chegaram a metralhar uma viatura da Polícia Militar. Todos fugiram, menos ele, que acabou capturado. Entre as armas havia um fuzil americano, uma submetralhadora Uzi de fabricação israelense, uma espingarda calibre 12, duas pistolas, munições, rádios de comunicação, uniformes militares e mais R$ 166 mil.
Depois disso, José Maria conseguiu escapar e foi recapturado novamente em agosto de 2007 por policiais do Distrito Federal. Desta vez, ele foi encontrado no interior de São Paulo. Logo após a sua fuga, a Polícia Civil descobriu que José Maria liderou o roubo a uma agência bancária de Lagoa Grande (MG). Ele foi reconhecido por uma das vítimas por fotografias, assim como noutro assalto naquela mesma região, quando foram levados mais de R$ 350 mil em jóias de um comerciante. Após esta última prisão, José Maria não fugiu mais e agora está no presídio federal de Mossoró.

Fonte:http://www.defato.com/popular.php

Nenhum comentário: