quinta-feira, 18 de março de 2010

Quinto PM assassinado em menos de 1 ano


Levantamento feito pela Polícia Militar mostra que o soldado Júlio César foi o quinto a ser assassinado em menos de um ano - de abril de 2009 até agora. Fora isso, o PM também engrossa a lista dos militares que precisaram ser transferidos devido a uma ameaça ou um atentado sofrido no local onde trabalhavam.
A inteligência da Polícia Militar informa que são cerca de 80 casos de policiais que sofreram ameaças de morte, e o trabalho feito nesses casos varia em relação à gravidade das ameaças.
Pode haver o envio de uma viatura para circular pelo quarteirão onde o policial mora, para garantir, ao menos, a segurança dele; pode haver o deslocamento do PM para outro batalhão, que foi o que aconteceu com Júlio César; e, em raríssimos casos, pode-se colocar outros policiais militares ao lado do ameaçado o tempo todo - isso, no que se tem registro, aconteceu apenas com um policial que testemunhou contra um grupo de extermínio que contava com a participação de outros militares e, por isso, precisou dessa "atenção especial".
Segundo o chefe de operações da Polícia Militar, major Alarico Azevedo, há casos também de PMs que sofrem ameaças, mas não denunciam. "Nesses casos, deve-se procurar a corregedoria, o superior dele ou, quando a ameaça é sofrida quando ele não estava de serviço, a própria delegacia do bairro", afirmou Alarico.
As famílias dos policiais militares assassinados em serviço são atendidas de duas formas. Primeiro, com o "auxílio velório", onde a corporação entra com boa parte dos custos com o enterro do PM. Depois, com uma pensão, que é o valor com alguns poucos descontos do salário que o militar receberia se fosse para a reserva - sem as gratificações pagas enquanto ele está de serviço.
O delegado Graciliano Lordão esteve no local onde Júlio foi assassinado para colher mais detalhes da execução. Na rua, a polícia encontrou cápsulas de pistola 380, provavelmente, a arma utilizada para matar o PM. Reservado, o delegado preferiu não tecer comentários sobre o que pode ter causado a morte do soldado. Apesar dos "boatos" sobre a vida de Júlio, somente com o decorrer das diligências será possível preencher algumas lacunas. "No local do crime consegui identificar pessoas que podem vir a ajudar nas investigações. Vou inqueri-las"
A família da vítima, até o final da tarde de ontem, não havia procurado a polícia para depor. O delegado espera que hoje parentes procurem a delegacia para depor.

A VIDA DO PM
Júlio César era soldado da Polícia Militar desde 1997. Casado e com filhos, ele trabalhou na capital até 2007, quando foi vítima de um atentado.
O soldado foi atingido por cinco tiros nas proximidades da casa onde morava, em Emaús. Após o atentado pediu transferência para o interior do RN. "Estou procurando este procedimento, aqui na DP. Por enquanto, não posso dizer o porquê do atentado. Só revendo o inquérito"
Júlio trabalhou na cidade de Parelhas, a 232 Km de Natal e, há cerca de dois anos, foi para Caicó, onde era considerado um bom profissional. No Seridó, o PM estava cedido à Polícia Civil e trabalhava como policial plantonista na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DCA). (Com informações do Jornal Tribuna do Norte)

Policial procurou ajuda após atentado
Júlio César dos Santos procurou o delegado Maurílio Pinto de Medeiros após ter sido vítima do atentado. Segundo Maurílio, apesar das diligências não foram identificados os autores do crime. "Na época Júlio fazia cobranças de cheques. Ele atribuiu o atentado a inimigos".
Maurílio revelou também que Júlio, quando foi vítima dos tiros teria se envolvido com uma mulher casada. "Acho que a mesma pessoa que tentou matá-lo naquela época, agora conseguiu"
Questionado o porquê do delegado atribuir o assassinato ao mesmo criminoso que tentou matar Júlio em 2008, o delegado explicou: "O soldado foi transferido para Caicó. E só agora estava de volta a Natal", finaliza.

Fonte: www.defato.com

3 comentários:

Anônimo disse...

não estou aqui para colocar comentario. sim deixar um desabafo de um policial.se poder queria que vcs divulgasse isso por favor.
obrigado.


É interessante, chutar cachorro morto é fácil, o trabalho da PM é um dos mais árduos e sem reconhecimento dos que conheço. Perdemos Carnaval, Natal, Ano Novo, Semana Santa, finais de semana, tudo para garantir a segurança de pessoas que quase nunca vêem este profissional como um ser humano. Se estas datas foram tranqüilas, ninguém se lembra que este mesmo homem abriu mão de estar com seus familiares e amigos para dedicar-se exclusivamente a zelar pela integridade física e segurança de pessoas que na maioria das vezes lhe são desconhecidas, ninguém se importa se eles tem família ou se seus filhos sentem sua falta; talvez por isso sejamos tão unidos; se no decorrer do serviço trocamos tiros com bandidos e conseguimos prende-los, não estamos fazemos mais do que nossa obrigação e por isso permanecemos anônimo. Ninguém quer saber se o policial está ferido ou abalado Psicologicamente devido às ocorrências ou a escalas desumanas de serviço que chegam a ser de 24hs ininterruptas. Contudo, se qualquer pessoa nos denuncia, independentemente de quem seja, ou de seus antecedentes criminais, temos nossos nomes divulgados e somos suspeitos de tudo de ruim que acontece ou que já aconteceu. Alguém se lembra que estes mesmos policiais já fizeram às vezes de socorristas, conduzindo pessoas que se encontravam enfermas à hospitais, ou que por diversas vezes fizeram as vezes de psicólogos ou psiquiatras tentando conter os ânimos ou ataques de pessoas com problemas mentais, sem falar nos que fizeram as vezes de parteiros, muitas vezes sem nenhum preparo ou local adequado para tal, somente visando garantir o direito a vida de pessoas, sem preocupar-se com o risco de determinada situação. Agora me digam quantos destes profissionais já fizeram as vezes de policial?

Nossa sociedade é injusta, morreram nossos companheiros, Soldados J. Fernandes e Júlio César, o primeiro durante uma abordagem policial, no loteamento D. Pedro I, onde existe alto índice de tráfico e consumo de drogas. E o segundo durante uma emboscada, próximo a sua residência, e já noticiam que os dois estavam sendo investigados por atos ilícitos. E se o segundo foi morto por algum meliante, que tenha sido preso por este policial há alguns anos atrás, e que agora em liberdade, este veio a vingar-se daquele que interrompeu momentaneamente sua carreira de crimes. Alguém ainda se lembra do nome do algoz do Sd J. Fernandes? O que sua esposa vai responder quando seus filhos perguntarem pelo pai? E quanto ao assassino? (o Cidadão Jackson) Tem direito a escolta policial, proteção dos órgãos ligados aos direitos humanos, e se brincar, vai se transformar na vítima do delito que perpetrou contra um pai de família, sendo que o soldado J. Fernandes é que está sendo classificado como bandido, e o que é pior, sem qualquer possibilidade de defesa, haja vista que faleceu no cumprimento do dever.

Pois bem, lamentavelmente, daqui algum tempo o cidadão Jackson, vítima da “violência Policial”, estará na rua novamente, traficando, tirando a vida de mais policiais, viciando e corrompendo os jovens que deveriam estar estudando, que deveriam ser o futuro da nossa nação já tão sofrida, que de tanto ver prosperar a injustiça, perdem a esperança em um futuro melhor. De mais a mais, enquanto isto vamos fazendo a nossa parte, trabalhando diuturnamente, para que a sociedade possa se sentir segura, e que um dia reconheça o valor desses grandes homens, que ostentam com orgulho a farda que vestem.

Renato Henrique de Freitas
Soldado da PM/RN

Anônimo disse...

Na minha opinião o P M classificou todos na mesma escala e não é bem assim todos nós profissionais temos criticas e elogios cabe a nós mesmos mostrar nosso trabalho sem olhar a quem e sempre dizer é eu fiz o que pude resta alguém um dia reconhecer quem somos eu sou das que sei que é arduo qualquer profissão e a sua men se fala

Anônimo disse...

PARABENS E A ESTE SOLDADO TAO INTELIGENTE E QUE DE FATO É MESMO ASSIM ESTA SOCIEDADE É M3SMO ASSIM SO QUE TER SEUS DIREITOS GARANTIDO E AO MESMO TEMPO NAO TEM TEMPO PARA VER DE FATO O QUE DDIREITO E DEVERES SAO IGUAIS.
SÓ GOSTARIA DE RESALTAR UMA DAS COISAS QUE MAIS ME CHAMA A TEMÇAO VEJO COM MUITO CARINHO ESTE DESABAFO E AO MESMO TEMPO POSSO DIZER DA GRANDEZA SOCIAL DE TODOS QUE TEM O SEU DEVIDO VALOR SOCIAL E A REPRESENTATIVO NESTE MUNDO TAO DESUMANO E SO GOSTARIA DE FALAR ALGO FICO TRISTE QUANDO ME DIRIJO A UM POLICIAL E CUMPRIMENTO E ELE SE MOSTRA GRANDE E NAO CORESPONDE A MIM E MIM PEGUNTO SERA PORQUE SOU POBRE E SO TENHO MINHA FORMAÇAO ACADEMICA E VEJO QUE NAO POIS TEM SOLDADOS TAO HIMILDE QUE NEN ACREDITO QUE POLICIAL POIS SOMOS SOCIEDADE TANTO QUANTO AI ME DOI MAS CADA UM É CADA E SEMPRE NESTE MUNDO VAOS JUNTO VENCER...