quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O major natalense Márcio Guimarães Martins, 36 anos, é o único militar brasileiro que continua desaparecido no Haiti.



O major natalense Márcio Guimarães Martins, 36 anos, é o único militar brasileiro que continua desaparecido no Haiti. Ele servia no Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, e estava em Porto Príncipe, capital haitiana, desde o domingo anterior à tragédia. Outros três militares integravam a lista de desaparecidos até domingo, mas seus corpos já foram localizados. No momento do terremoto, ele participava de uma reunião no Hotel Cristopher, sede administrativa da Missão de Paz, em Porto Príncipe com o Tenente Coronel Marcus Vinicius Macedo Cysneiros, o Coronel João Eliseu Souza Zanin e o major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho.

As equipes de resgate conseguiram encontrar os corpos de três oficiais sob os escombros do prédio. O corpo do major Francisco Adolfo, que era observador militar da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), foi encontrado ainda no domingo. Já os corposdo tenente-coronel Marcus Vinicius e do coronel João Eliseu foram encontrados na última segunda-feira.

De acordo com o Centro de Comunicação do Exército, ainda não há informações sobre a localização do major natalense Márcio Guimarães Martins. Em entrevista coletiva em Brasília, o general-de-Exército Enzo Martins Peri informou que os corpos dos três oficiais deveriam chegar nesta quarta-feira em Brasília, onde serão feitas as honras fúnebres. O forte tremor de terra interrompeu a reestruturação do país mais pobre da América, vitimando milhares de pessoas, entre elas civis e militares brasileiros. Até agora, já são 19 brasileiros mortos.

O major Márcio Guimarães é formado em Direito, casado e tem dois filhos. Embora as equipes de resgate ainda não tenham encontrado o corpo do natalense, os companheiros de farda sabem que fica cada vez mais díficil retirar vítimas com vida dos destroços. A reportagem não consegiu entrar em contato com a família do major. O Centro de Comunicação Social do Exército não tinha autorização para divulgar a identidade da família nem disponibilizar o contato.

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