quarta-feira, 10 de março de 2010

Juri Popular, Advogado vai tentar evitar júri


Caso Maisla, morta em maio de 2009
O advogado Araken Farias, que defende o ambulante Osvaldo Pereira Aguiar, 55 anos, da acusação de assassinato e esquartejamento da estudante Maísla Mariano, 11, ocorrido em maio de 2009, afirma que recorrerá da decisão do juiz Rosivaldo Toscano, tomada na segunda-feira, de levar o acusado a júri popular. Ele contesta o argumento do magistrado de que seriam apenas necessários a materialidade do crime (provas de que houve um assassinato) e indícios de autoria.Araken afirma que os autos não têm provas concretas que liguem o acusado ao crime e que isso bastaria para que o juiz decidisse pela absolvição. "Tudo o que foi apresentado pela delegada é contestável. Os exames comprovam que não havia sangue humano em qualquer parte da casa de Osvaldo ou das suas roupas".
Por sua vez, a mãe da menina, Mariza Mariano, considera a decisão de Rosivaldo Toscano como "um bom caminho para a solução do caso. Isso prova que o juiz também acredita que Osvaldo é culpado". A mãe de Maísla Mariano acredita que o júri também decidirá pela condenação do ambulante. "Quem iria querer libertar um monstro desses? Ninguém vai inocentá-lo e deixar que ele volte a fazer isso com outras crianças". Em sua decisão, Rosivaldo Toscano argumenta que para levar o acusado a júri popular são necessários apenas a comprovação de que houve um crime contra a vítima e indícios de que Osvaldo seja autor do crime, uma vez que não julga os méritos. Para ele, há indícios de que o crime tenha sido motivado por vingança e de modo cruel. Além disso, em sua decisão, o magistrado nega o pedido de liberdade do acusado, alegando que ele é foragido da justiça de outros Estados, onde cumpria penas pelos crimes de tráfico e atentado violento ao pudor.

Nos autos do processo, também constam os depoimentos das testemunhas que, em quase sua maioria, alegam perceber em Osvaldo a preferência por garotas jovens. Por exemplo, Zaqueu Herculano da Silva chega a revelar que conheceu uma das namoradas adolescentes do acusado, que teria 14 anos. Mariza Mariano, por sua vez, diz ter sido ameaçada por Osvaldo, pelo fato de ela tê-lo envorgonhado três vezes e que faria "algo grande" contra ela. O processo aguarda publicação da decisão e a escolha da data do julgamento, seguindo a pauta do Tribunal de Justiça.
(Ohama)
Fonte: diariodenatal

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